Nestes dias recebi um e-mail de uma pessoa me dizendo que recebeu em sua casa uma corrente de oração. Ela me perguntava se era obrigada a seguir ou não, porque esta corrente fazia ameaças para quem a quebrasse ao não passar para outra pessoa.
Certamente esta é uma dúvida muito frequente porque é muito
comum recebermos este tipo de corrente seja por um papel distribuído a nós por
alguém, seja enviado por e-mail ou pelas redes sociais da internet.
A princípio, um corrente de oração não é uma coisa ruim; a
própria Palavra de Deus e a Igreja nos convidam a rezar uns pelos outros. Quando
acontece uma catástrofe, nos unimos em oração; quando alguém está passando por
uma enfermidade ou pela morte, nos unimos em oração. A oração comunitária tem
muito poder e faz bem. Assim também quando fazemos uma promessa ou uma novena.
Fazemos com espírito de fé e amor a Deus e não como superstição ou ritual
mágico.
Fé é diferente de superstição. As bênçãos de Deus são graças,
ou seja, coisas gratuitas que Dele recebemos. Com Deus não se negocia; graças
não se compram nem com dinheiro nem com rituais mágicos e supersticiosos.
O grande problemas destas correntes é que elas estão
contaminadas de superstições e, pior, de ameaças: “se você não passar para frente e quebrar a corrente alguém da sua
família vai morrer; você vai ficar pobre, você vai ficar doente, você vai
sofrer um acidente; quem quebrou já morreu, quem quebrou já perdeu tudo...”
Podem ter certeza: se uma oração traz ameaças e faz medo não
é uma coisa boa porque Deus não ameaça e não castiga; e se não é uma coisa boa
não deve ser passada para outras pessoas.
Não tenha medo. Quando receber uma corrente e sentir que não
é uma coisa boa e traz ameaças, rasgue, jogue no lixo e não passe para ninguém.
Se receber por e-mail, ignore e mande para a lixeira da sua caixa de e-mail.
Pe. Gilberto Antonio Boçon sdP