Bem, em
primeiro lugar temos que ter claro o seguinte: todo cristão pode benzer. Benzer
não é só tarefa do padre. Os pais podem benzer os filhos; os padrinhos podem
benzer os afilhados... Enfim, todo cristão pode transmitir uma benção a alguém
que lhe pede, da mesma forma que podemos rezar por alguém que nos pede. Aliás,
a própria oração é uma forma de benção, pois benzer significa “bem dizer”, ou
seja, dizer ou desejar algo de bom para alguém através da oração.
Em
segundo lugar, temos que levar em consideração outra coisa muito importante:
uma benção para ser realmente “algo de bom para alguém” deve estar baseada em
uma fé verdadeira e correta em Deus. Uma “benção” nunca pode estar contaminada
por coisas estranhas à fé e à Deus. Se existe invocação de espíritos, invocação
do diabo, confiança em sorte, em cartas, em búzios ou em simpatias, esta
“benção” está contaminada por superstições e não pela Graça e Poder de Deus. Se
você perceber algo de estranho à fé na ação de uma benzedeira, elas devem ser
evitadas.
Em
terceiro lugar, outra coisa a ser observada é a vida da pessoa que benze: com
frequência o dom de cura é dado pelo Espirito Santo a pessoas muito simples,
que exercem seu dom com muita humildade transmitindo não somente a cura do
corpo, mas também da alma; deve-se observar se a pessoa age em nome de Nosso
Senhor Jesus Cristo e se tem uma profunda e correta devoção aos santos e à
Igreja; se é pessoa de oração tanto pessoal quanto comunitária, ou seja, se participa
da Igreja Católica e dos Sacramentos; se não recorre a espiritismo, macumba,
simpatias ou leitura de sorte.
Por fim,
uma quarta observação importante: se essa pessoa não cobra nada pelo que faz! O
dom de cura é um dom, ou seja, uma graça que a pessoa recebe de Deus; e Deus
não cobra nada quando dá esse dom a alguém; portanto, quem abençoa deve fazê-lo
com generosidade e gratuidade.
Se você
observar esses quatro pontos na ação de uma benzedeira, não há problema algum
em receber uma benção.
Pe.
Gilberto Antonio Boçon sdP
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