quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO



“Todo aquele que tiver falado contra o Filho do Homem obterá perdão, mas aquele que tiver blasfemado contra o Espírito Santo não alcançará perdão.” (Jo 12, 10)

“Todo aquele que tiver falado contra o Filho do Homem obterá o perdão...”: quando Cristo veio a este mundo foi reconhecido por muitos como o Messias esperado e profetizado pelo Antigo Testamento; mas também foi desprezado como um falsário, julgado, condenado e morto. Ele, no entanto, não julgou nem condenou quem não O reconheceu como o Filho de Deus; sabia que este mistério era muito grande para ser compreendido por todos e que a dureza de coração e o pecado fechavam os olhos das pessoas para reconhecerem os sinais de Deus manifestados através Dele.

Cristo, porém, tem palavras duras para quem não reconhece a ação de Deus no mundo: “Mas aquele que tiver blasfemado contra o Espírito Santo não alcançará perdão...”. Este é o pecado contra o Espírito Santo; é o pecado de negar-se a acreditar; e, pior ainda, blasfemar. Blasfemar significa “dizer palavras ofensivas”; significa não tanto a falta de fé ou o ateísmo, mas o fato de saber e acreditar na existência de Deus e mesmo assim negá-Lo ou julgá-Lo como sendo mal e injusto, não aceitando a Sua ação no mundo e na história e negando-se a aceitar a sua misericórdia. É o pecado que fere diretamente ao segundo mandamento.

Por que tal pecado não tem perdão? Porque a própria pessoa nega-se a aceitar a misericórdia e o amor de Deus. E se a pessoa não quer aceitá-Lo, Deus respeita tal escolha. A condenação acontece, portanto, não por escolha de Deus, mas por escolha da própria pessoa. Se esta, no entanto, arrepender-se e voltar para Ele, Deus o acolherá tal qual o pai acolheu o retorno do Filho Pródigo!

É isso!


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

DIFERENÇA ENTRE A BÍBLIA CATÓLICA E A EVANGÉLICA

Caros leitores e leitoras,

Muitas pessoas perguntam se é proibido ler uma Bíblia evangélica. Teoricamente podemos dizer que não.
Basicamente as duas são muito semelhantes; a diferença principal se dá em relação ao número de livros. Se você observar, verá que a Bíblia Evangélica não possui os seguintes livros: Eclesiástico, Sabedoria, Tobias, I Macabeus, II Macabeus, Baruc, Judite e trechos dos livros de Ester e Daniel.

Isso porque estes livros não são considerados pelos judeus da palestina como sendo inspirados pelo Espírito Santo, pois foram escritos em Grego e não em Hebraico. Por isto os evangélicos os rejeitam como parte da Bíblia.

Creio não ser este o melhor critério para se classificar um livro como inspirado ou não pelo Espírito Santo. Isso porque todo o Novo Testamento foi escrito em Grego e é aceito pelos Evangélicos.
Se você ler uma Bíblia evangélica não se preocupe. Ela transmite a palavra de Deus com fidelidade. Prefira, no entanto, uma tradução católica aprovada pela Igreja.

Mas como posso saber se a Bíblia que tenho em casa é uma tradução católica aprovada pela Igreja? Basta olhar nas primeiras páginas e procurar pela palavra “Imprimatur” assinada por alguma autoridade eclesiástica. Isso dá certeza de que foi revisada e impressa por pessoas e instituições competentes e sérias. Além disso, dá credibilidade e certeza de que a tradução que você está lendo é a mais fiel possível ao texto oficial da Bíblia aprovado pela Igreja Católica e que foi escrito em Latim por São Jerônimo a partir dos originais grego e hebraico.

É isso!


QUANDO ME SINTO FRACO É ENTÃO QUE SOU FORTE!

“(...) foi-me dado um espinho na carne (...). Três vezes roguei ao Senhor para que o afastasse de mim. Mas ele me disse: ‘Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força (...)’. Eis por que me alegro nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo.

PORQUE QUANDO ME SINTO FRACO, ENTÃO É QUE SOU FORTE”

                Este trecho da Segunda Carta de São Paulo escrita aos cristãos da cidade de Corinto (12, 7-10) é a expressão de um homem profundamente marcado pela dor, mas também profundamente consciente do valor da sua vida e da sua missão. Consciente do bem que fazia, encontrava, em meio ao sofrimento, motivação para continuar lutando sempre; mesmo preso e sabendo que a condenação à morte estava próxima, encontrava força na fé para escrever cartas de uma profundidade excepcional.

                A vida é o maior dom que recebemos; o sofrimento presente nela é o maior mistério. Deixar que a dor domine nossa vida é a maior fraqueza.

                Dor, doença, sofrimento, não são fraquezas, mas oportunidade de crescimento. Oportunidade de perceber que dentro de nós existe uma força extraordinária capaz de nos fazer enfrentar toda adversidade. Oportunidade de rever valores, de viver amizades verdadeiras e profundas, de contribuir para o crescimento de quem Deus colocou em nossa vida.

                Lamentar a dor não a faz desaparecer. Aproveitar a dor como um impulso para o crescimento e amadurecimento faz com que ela tenha sentido e seja sublimada pela vontade interior de viver bem a cada dia.

                Na saúde ou na doença devemos agradecer o dia que temos como uma oportunidade de sermos felizes e de fazer o bem: amanhecer e dizer: “como posso ser feliz hoje?”, “como posso fazer feliz quem vive comigo?”; chegar ao anoitecer e pensar: “o que aprendi hoje?”, “fiz alguém feliz?”, “tornei-me mais feliz e melhor?”. Isso dará sentido e força extraordinária para a nossa vida!

                Fé é acreditar em Deus; mas fé é acreditar em você mesmo também! Deus colocou força dentro de você! Deixe que esta força divina contagie sua vida; deixe que a força de Deus irradie ao seu redor! Deixe que sua fé faça com que cada segundo seja a maior dádiva recebida de Deus e que cada momento seja a coisa mais valiosa que você possui.

                Isso dá sentido a tudo; torna a vida mais leve; torna os outros felizes.

                Que Deus abençoe a todos!


GUARDAR O SÁBADO OU O DOMINGO?


Caros leitores e leitoras, sempre costumamos ouvir passagens da Sagrada Escritura nas quais Deus pede ao povo para guardar o dia de Sábado como dia consagrado ao Senhor.

Até hoje alguns evangélicos procuram viver estritamente este preceito; é o caso, por exemplo, dos Adventistas do Sétimo Dia. De fato, em todo o Antigo Testamento, assim como no Novo, encontramos referências ao dia de Sábado como dia de guarda dedicado a Deus.

Por que então guardamos hoje o Domingo e não o Sábado?

Para entender devemos ter em conta que a Bíblia nos diz que Cristo Ressuscitou no primeiro dia da semana (o dia posterior ao Sábado judaico). Para os cristãos este dia passou a ser considerado o mais importante dia da semana, sendo dedicado às celebrações eucarísticas que recordavam semanalmente o dia da Ressurreição do Senhor.

Os cristãos de orígem judaica celebravam o Sábado e também o Domingo, participando da Sinagoga no Sábado e celebrando a Eucaristia no Domingo. Com o passar do tempo, o cristianismo foi crescendo e se espalhando por todas as partes do mundo; os diferentes povos que foram aderindo à fé cristã não possuiam a cultura religiosa judaica e não tinham o costume de observar o dia de Sábado. Para estes povos não-judaicos, o Domingo foi se tornando o dia de referência para o Culto Semanal em recordação à morte e ressurreição de Jesus. Isso fez com que o Domingo fosse aos poucos adquirindo mais importância para os cristãos do que o Sábado.

Sendo assim, quando hoje guardamos o Domingo, não estamos desobedecendo a um mandamento bíblico, mas nos pautando por uma nova regra que foi estabelecida desde o início da Igreja.

Sendo o Sábado ou o Domingo, estamos dedicando um dia da Semana para participar da Eucaristia e celebrar o dia mais importante da história da humanidade, que foi a ressurreição de Cristo.

É isso!