Caros amigos leitores, em uma outra edição do nosso jornal Voz dos Paduanos refleti um pouco com vocês sobre algumas diferenças existentes entre catolicismo e espiritismo. Outro dia uma pessoa me mandou um e-mail perguntando a respeito da diferença entre a Igreja Católica e as Testemunhas de Jeová.
Certamente alguma vez você já deve ter
recebido a visita de algum deles em sua casa. O que poderíamos dizer? Como nos
comportar?
Em primeiro lugar apresento meu respeito
a eles, porque tem a ousadia de sair de casa em casa para falar de Deus, embora
de forma diferente e contraditória àquilo que a doutrina católica nos ensina a
respeito de Deus.
Um primeiro grande problema que existe
entre ambas as doutrinas se dá em relação à pessoa de Jesus. Segundo eles,
Cristo é “filho de Deus” mas não é Deus. Isso contradiz gravemente nossa fé em
Cristo como Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Para nós Cristo é
verdadeiramente Filho de Deus e é Deus também.
Uma segunda grave contradição se dá em
relação ao Espírito Santo. Para eles o Espírito Santo também não é Deus, mas
uma “força ativa de Deus”. Isso vai contra nossa fé na Terceira Pessoa da
Santíssima Trindade. Para nós o Espírito Santo é Deus igual ao Pai e ao Filho.
Estes dois fatos, eliminam a fé na
Santíssima Trindade que é um dos pontos centrais da fé católica.
Outro ponto contraditório se dá em
relação ao fim do mundo. Eles acreditam que o fim do mundo está muito próximo.
Inclusive eles preveem datas para o fim. Mas se bem me recordo, o próprio
Cristo afirma que nem Ele, nem os anjos sabem qual o dia e a hora, mas somente
o Pai. Como então algum ser humano teria a capacidade de prever uma data se nem
mesmo Cristo sabe?
Outro argumente muito comum deles é em
relação aos 144.000 que irão se salvar. Eles interpretam ao pé da letra um
simbolismo bíblico que quer representar uma grande multidão: 12x12x1000 (12
Tribos de Israel que representam a Antiga Aliança, 12 Apóstolos que representam
a Nova Aliança, 1000 que na Bíblia é um número simbólico para representar uma
grande multidão de pessoas que não se pode contar). Mas este é um argumento
muito fácil de ser derrubado: poderíamos perguntar a eles quantos Testemunhas
de Jeová existem no mundo hoje. Certamente responderão que existem mais de 144
mil. Disso podemos concluir que nem todos os Testemunhas de Jeová se salvarão.
Por que então tenho que me converter a eles para encontrar a salvação?
Às vezes com argumentos muito simples
como este podemos compreender a falsidade de algo que está sendo dito a nós. Geralmente
quando alguém de outra religião bate à nossa porta escutamos e não falamos
nada. Dificilmente defendemos nossa fé. Não temos que tratar mal ninguém. Mas
devemos demonstrar a nossa fé. Se eles tem coragem de vir até nós e tentar nos
“converter”, também temos que ter a coragem de dizer para eles o quanto estamos
convictos da nossa fé. Mesmo que não saibamos responder a eles sobre algum
texto da bíblia devemos procurar tirar as dúvidas que temos. Ou será que só
porque alguém bateu à nossa porta e nos falou uma coisa diferente, toda a nossa
fé está errada, tudo aquilo que a igreja tem ensinado nesses dois mil anos está
errado?!
Mostremos a eles também que acreditamos,
que somos católicos e não temos necessidade de conversão. Se não sabemos interpretar
determinados textos da Bíblia, não tenhamos a vergonha de dizer: eu não sei
explicar isso agora, mas vou perguntar e procurar entender...
PE. GILBERTO BOÇON SDP
artigo publicado no jornal "Voz dos Paduanos" (Setembro 2013)